quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Surrealismo

A Persistência da Memória, 1931.
Salvador Dali

O Surrealismo surgiu na França na década de 1920. Foi um movimento artístico significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostravam a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.

De acordo com Freud, o homem devia libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade, e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente.


A publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924, marcou o início do Surrealismo.

A melhor representação do estilo pode ser observada na pintura. Através da tela e das tintas, os artistas plásticos com suas emoções e seu inconsciente, representavam o mundo concreto.

Dadaísmo

Observe com atenção a imagem abaixo. O que parece ser?

A fonte. 1917.
Marcel Duchamp

E essa outra representação?
L.H.O.O.Q. 1919
Marcel Duchamp

E agora?
Roda de bicicleta, 1913.
Marcel Duchamp

Essas três obras fazem parte do estilo artístico denominado Dadaísmo.



O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi uma vanguarda moderna iniciada em Zurique, em 1916, no chamado Cabaret Voltaire, por um grupo de escritores e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão e que era liderado por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.


Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, sua utilização marca a falta de sentido que pode ter a linguagem (como na língua de um bebê). Os escritores que criaram esse estilo, acreditavam que uma sociedade que podia produzir algo tão horrendo como a Primeira Guerra Mundial era uma sociedade malígna, cuja filosofia e cultura deveriam ser completamente destruídas porque estava social e moralmente falidas.


Os dadá dispuseram-se a destruir a arte institucionalizada de várias maneiras. Apanhavam objetos de uso cotidiano e apresentavam-nos como objetos artísticos, expondo-os.


O Dadaísmo conseguiu, certamente, provocar escândalo, mas, no aspecto positivo fazendo as pessoas olharem para imagens de um modo diferente. As pinturas e os objetos dadá forçaram o observador a questionar realidades aceitas e a reconhecer o papel do acaso e da imaginação.



Retorne a primeira imagem, porque você acha que o Duchamp deu como título "A Fonte"?
(Escreva sua resposta no comentário)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um breve resumo da evolução do Cinema Brasileiro

O cinema brasileiro tem inicio na útima década do século XIX, com a produção de um curta-metragem com imagens da Baia de Guanabara. Em verdade, os primeiros anos do cinema no Brasil foram conturbados, uma vez que o fornecimento de energia elétrica era bastante precário, o que tornava difícil a exibição das fitas. As películas exibidas nessa época assemelhavam-se bastante com as de outros paises, baseando-se em documentários com imagens de teatro, paisagens e animais.
A “Bela Época” do cinema brasileiro ocorre no início do século XX, mais precisamente entre 1905 e 1923, quando foram realizados os primeiros filmes de ficção, muitos baseados em óperas, trazendo a moda do “cinema cantado”, no qual os artistas iam para a parte de trás da tela e acompanhavam as imagens com a voz.
Até então, essas produções se limitavam ao Rio de Janeiro e a São Paulo, porém, a partir de 1923, começa a se estender para outros centros, como Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Dessa época ganha destaque aquele que foi considerado o primeiro grande cineasta do Brasil, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), com obras em parceria com o fotógrafo italiano Pedro Comello, como “Os três irmãos”, de 1925, e “Na primavera da vida", de 1926.
Em 1930, idealizada por Adhemar Gonzaga, é fundada no Rio de Janeiro a Cinédia, o primeiro estúdio cinematográfico do país, e com ele as Chanchadas, filmes carnavalescos de apelo popular e sátiras de filmes hollywoodianos. Logo depois, surge a Atlântida, que, além de consolidar o gênero, lançou nomes como Oscarito, Zé Trindade e Grande Otelo.
Até meados dos anos 1950, as Chanchadas dominaram o mercado cinematográfico, mais precisamente até a metade da década, quando em São Paulo, surge a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, que começa a produzir filmes com histórias mais elaborada, renegando a Chanchada, dando início ao movimento do cinema industrial paulista, que não obteve o sucesso esperado. O Brasil não tinha dinheiro nem qualificação técnica para fazer cinema nos moldes norte-americanos. Era preciso fazer um cinema “genuinamente brasileiro”, com temática brasileira, para que os brasileiros se vissem e se identificassem nas telas. O sonho não tardou a se realizar.
No final desta década de 1950 e no início da década seguinte, inaugura-se o mais importante movimento do cinema brasileiro: o Cinema Novo, inspirado na Nouvelle Vague Européia, cujo lema “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão” mostrava que os idealizadores deste movimento tinham como objetivo trazer à tona os problemas políticos e sociais do país, como no filme “Vidas secas”, 1963, de Nelson Pereira dos Santos.
Considerado o grande cineasta desse movimento, Glauber Rocha tem como maior característica a estética experimental em seus filmes, opondo-se aos padrões do cinema norte-americano. A década de 60 pontua também o início da carreira internacional do cinema brasileiro com o filme “O pagador de promessas”, 1962, de Anselmo Duarte, que conquistou a “Palma de Ouro” em Cannes e concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Os anos que se seguiram forma marcados por um regime ditatorial, que censurou diversas obras impondo limites político-ideológicos. Nesse contexto, nasce o “Cinema Marginal”.
 As décadas de 70 e 80 apontam também para uma política estatal do fomento ao cinema, através da Embrafilme. Nasce as pornochanchadas, gênero de histórias pouco elaboradas que ganhou grande popularidade devido ao forte apelo erótico. Essa era uma forma de entreter o público e mantê-lo distante das questões de injustiça social. No início da década de 1990 o cinema brasileiro conheceu a sua pior fase. Durante o governo Collor, a Embrafilme, as leis de incentivo à produção e até mesmo os órgãos encarregados de produzir estatísticas sobre o cinema no Brasil foram extintos. Com isso, o cinema brasileiro entrará num declive de produção quantitativa e qualitativa. A revitalização do cinema nacional no final da década de 90 em diante, promovida pela abertura política e a partir da criação da nova lei do Audiovisual, incentivou a produção de filmes consagrados como “A Guerra de Canudos” e “Zuzu Angel”, ambos de Sérgio Rezende e “Central do Brasil”, de Walter Salles, ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim e do Globo de Ouro.
(Extraído do fascículo: ENEM Intensivo - Mundo das Artes)