Pós-Impressionismo

O termo Pós-Impressionismo, embora impreciso, viria a abranger o período que vai da última exposição impressionista, em 1886, até o nascimento do Cubismo.
Nesse movimento destacaram-se Cézanne, Gauguin e Van Gogh.


Paul Cézanne (1893-1906)

"Quero conhecer, para melhor sentir,
e sentir, para melhor conhecer"













Auto-retrato com fundo rosa, 1875.
Coleção Particular.


Cézanne procurou realizar composições bem ordenadas e harmoniosas, reproduzindo as formas e tons que via na natureza e aplicou esse princípio na paisagem, na natureza-morta e no retrato. Cézanne quis fazer do Impressionismo algo sólido e duradouro como a arte dos museus.

Jogadores de baralho, 1890-92. Óleo sobre tela. 58 cm X 48 cm.
Muesu d'Orsay. Paris. França.

Este tema serviu a estudos de linhas e volumes em cinco quadros de Cézanne. Aqui, a garrafa capta a luz, divide o espaço em duas áreas simétricas e acentua o contraste entre os jogadores.

Rapaz de Colete Vermelho, 1890-95.
Coleção Bührle, Zurique.

Cézanne produziu quatro versões deste quadro, que retrata o jovem modelo italiano Michelangelo Di Rosa. Esta é a melhor da série, pela harmonia da pose e intensidade das cores.

As grandes banhistas, 1898-1905. Óleo sobre tela. 208 cm X 249 cm.
Museum of Art Filadélfia.


O Arc, riozinho que corre perto de Aix-en-Provence, serviu de fundo para esta tela, tida como obra-prima. Formas e cores se diluem, o que dá ao quadro incidental aspecto impressionista.


Paul Gauguin (1848-1903)



"De onde viemos?
Quem somos?
Aonde vamos?"











Auto-retrato ao amigo Carrière, 1890.
National Gallery of Art (Coleção Mr. e Mrs. Paul Mellon), Chicago.


Gauguin com sua pintura de cores extremamente vivas, arbitrárias e cercadas por um contorno firme de traços, tenta dar sentido decorativo e simbolista ao Impressionismo.


Não Iremos ao Mercado Hoje ("Ta Matete"),  1892.

A elegante estilização deste grupo de mulheres lembra, com seus perfis, pinturas do Egito antigo e ultrapassa qualquer possível conceito de realismo.


Cristo Amarelo, 1889.

Gauguin se propôs reproduzir na pintura a mesma simplicidade com que esta estátua de madeira fora esculpida no século XVIII. As cores imaginárias, as formas um tanto indefinidas, os contornos azuis-escuros indicam que o artista já alcançara aí plena maturidade artística.




Van Gogh pintando Girassóis, 1888.


Van Gogh pediu a Gauguin que fosse juntar-se a ele em Arles, onde vivia. Mas as diferenças de personalidade e das ideias sobre pintura não tardaram a produzir uma dramática separação dos dois artistas.


Vincent van Gogh (1856-1890)


"Nunca tive tanta sorte...A natureza é extraordinária. Em todo lado a cor do céu é um azul admirável, o sol tem um brilho de enxofre pálido...Tudo doce e encantador como a mistura dos azuis e dos amarelos...Quanta intensidade de cores, quanto ar puro, quanta serena vibração..."


Auto-retrato, 1887





Suas pinceladas tão características, que lembram uma multidão de vírgulas, e a variedade de tratamento que dá a superfície da tela, que vai desde o espesso e pesado impasto à áreas intermitentes de tela crua, que parecem apenas levemente manchadas, criando um cenário de profunda melancolia, que também pode produzir um efeito de puro encantamento. Van Gogh era especialmente atraído pelos contrastes das cores complementares.

Girassóis, 1889.

Noite estrelada, 1889.

Retrato do Dr. Gachet, 1890.

O Quarto do Artista em Arles, 1889.Óleo sobre tela, 57,5cm x 74 cm. Museu d'Orsay, Paris. França.

Trigal com corvos,